Centro UNESCO (6 de Agosto a 7 de Setembro)
Esta exposição surgiu como um pequeno exercício de relação com a comunidade e valorização da memória coletiva. Resultou de um trabalho prévio da Universidade Sénior de Beja que ganhou corpo como exposição através de um estágio de formação realizado por duas alunas da Escola Profissional Bento Jesus Caraça. Nove vestidos, nove memórias, numa mostra que pretende retratar o gosto da época. Os vestidos que aqui se apresentam nesta mostra datam das décadas de sessenta e setenta sendo, por isso, pouco representativos dos modos e dos usos na grande história do vestuário.
Não deixam, no entanto, de remeter para um período de transição importante em que o vestido branco começa a impor-se como norma e tradição. Na verdade, e ao contrário da visão popular mais moderna que olha para o vestido de noiva branco como tradição de longo tempo, este apenas surge como moda da nobreza e burguesia no início do século XIX. Era o fato preto, o traje domingueiro, que tipificava a forma de vestir numa ocasião social importante como o casamento. A pouco e pouco, o costume do vestido branco estende-se a outras camadas da população, embora só em meados do século XX, como nesta pequena mostra se testemunha, se tenha generalizado.